sexta-feira, 7 de maio de 2010

Maré negra ameaça espécies


Todos os anos 500 milhões de aves atravessam o Golfo do México durante a Primavera

A maré negra ameaça mais de 400 espécies que dependem do frágil ecossistema do delta do Mississippi, duramente castigado há cinco anos pelo furação Katrina.

A mancha de petróleo causou até agora poucos danos nos pântanos que se espalham por 12 mil quilómetros quadrados a sul de Nova Orleães. No entanto, os especialistas advertem que os efeitos podem ser devastadores a partir da próxima semana.


Calcula-se que até 25 milhões de aves podem passar a cada dia no corredor migratório do Golfo do México nesta época do ano (500 milhões ao longo de toda a Primavera, segundo um estudo da Universidade Estatal do Luisiana).

Espécies como o pelicano-pardo ou a garça-vermelha estão gravemente ameaçados pelo impacto da maré que pode afectar até vinte reservas de vida selvagem. Há sete anos, um pequeno derrame que atingiu a ilha de Breton chegaram a morrer 800 pelicanos-pardos, a ave por excelência do Luisiana.

“A época de reprodução começa precisamente nestas datas e muitos casais estão a incubar novos ovos”, adverte Melanie Driscoll, da Iniciática Costeira do Luisiana. “Para os pássaros, este desastre não podia ocorrer em pior altura, muitos deles são de nidificação na área onde o petróleo pode acumular-se para chegar até à costa. Temos de estar preparados para o pior − enfrentamos uma autêntica catástrofe nas costas do Luisiana, Mississippi, Alabama e Florida”.




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