quinta-feira, 29 de abril de 2010

Protótipo português na Shell Eco Marathon







Veículo a hidrogénio do IST posto à prova na Alemanha


Um grupo de alunos de engenharia do Instituto Superior Técnico (IST) construiu um protótipo que vai participar na prova Shell Eco Marathon, a 6 e 7 de Maio, na Alemanha. Trata-se de um veículo movido a hidrogénio que, depois do 23º lugar na prova do ano passado, vai agora tentar um lugar nos dez primeiros, entre centenas de concorrentes.

O HidrogenIST – nome dado ao veículo construído pelos alunos do IST – é constituído por um chassis tubular em alumínio, com a configuração de um triciclo – duas rodas dianteiras e uma roda traseira direccional e motriz – e um motor controlado por um circuito electrónico desenhado por elementos do grupo.

O coordenador do projecto, António Miguel, que também é aluno do IST, salienta que a iniciativa é extremamente útil para os alunos, que assim conseguem aliar as componentes teóricas e prática. Além disso, trata-se de uma iniciativa que permite a participação dos alunos numa prova como a Shell Eco Marathon, em que o grande objectivo é construir e testar um veículo ecológico capaz de percorrer a máxima distância com o mínimo de combustível.

“A Shell Eco Marathon é uma prova em que o grande objectivo é construir um protótipo que faça o máximo de quilómetros com o mínimo de combustível. Podemos utilizar vários tipos de combustível – gasolina, gasóleo, energia solar ou hidrogénio”, disse.

100% amigo do ambiente

“Nós optámos pela célula de hidrogénio por se tratar de um combustível 100 por cento amigo do ambiente. A única coisa que sai do escape é agua”, acrescentou António Miguel, que falava à Lusa durante uma apresentação do veículo à imprensa, que os alunos do IST aproveitaram para fazer mais alguns testes ao HidrogenIST.

Para Sérgio Fernandes, responsável da Área de Hidrogénio da Air Liquide, líder mundial em gases para a indústria e para a saúde, a parceria com o IST também é vantajosa para a empresa francesa.

“Esta parceria, no fundo, projecta no futuro a possibilidade de utilização do hidrogénio como um novo combustível. Como tal, todos estes projectos, todas estas parcerias, permitem-nos tirar ilações quanto a uma aplicação mais massificada desta tecnologia”, concluiu.






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